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  • Thainá Carvalho

| Miniconto 18 | Adoção


A porta mal escondia o que ia ali dentro. O pai relapso, a mãe tentando cobrir os cantos com detalhes sem importância, o filho mais velho alcoólatra e o do meio qual? Só a caçula tinha coisas boas a contar para os ursinhos, enquanto a empregada trançava-lhe os cabelos compridos sob a luz do entardecer. Funcionavam, as duas. Uma família à parte com suas próprias cantigas. A mãe de fato a pentear cada fio que sai da filha que é tão sua, tão ser. Mas agora está bom, que é hora de merendar.

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