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Miniconto 12: Blecaute
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 12: Blecaute

A pane elétrica foi geral. Telefones, semáforos e máquinas de cartão de crédito não funcionavam. Não teve cursinho, novela, nem academia. As pessoas pegaram lanternas e acenderam velas velhas para esperar. Por acaso, começaram a conversar com os vizinhos nas calçadas e pegaram-se olhando para o céu mais estrelado. #social #contos #miniconto
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Miniconto 11: Imaginação
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 11: Imaginação

Passeava vagarosamente no jardim botânico. Ouvia o canto dos pássaros que rodopiavam em cima das árvores e o som cristalino das águas que jorravam nas fontes de pedra. Escutava seus próprios passos nos paralelepípedos das alamedas e os pedaços de conversas indistintas dos passantes. Sorria consigo mesmo e seus sons imaginados. Era surdo de nascença. #natureza #contos #miniconto
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Miniconto 10: Corrupção
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 10: Corrupção

Jogou a sacola de forma discreta. Agora, os papéis, os chips, e as gravações estavam na lama do fundo do rio. Nem lembrava como começou a entrar nesse bolo desde que fora eleito vereador. Uma vista grossa aqui, uma propina ali, mas claro que ele não era como os que roubavam milhões do dinheiro público, esses sim eram ladrões. Ele não, ele era coisa pequena. Seus únicos juízes eram os olhares de reprovação das aves pousadas nas amarras do cais. #política #contos #miniconto
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Miniconto 9: Calma
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 9: Calma

O amor era tranquilo e sem promessas. Iam a cinemas, bares e casas de amigos. Não falavam muito sobre o futuro, mas construíam sonhos no dia-a-dia. O amor era paciente, e sem manias de paixão, apesar de uma ou outra briga. Ficaram juntos por alguns anos antes de terminarem. #amor #miniconto #contos
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Miniconto 8: Raiva
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 8: Raiva

Passou a frequentar a Igreja após a viuvez inesperada. Ia para fazer perguntas sem resposta e culpar Deus, porque a raiva da perda era maior que a gratidão por ter amado. Sua mulher havia sido um pouco de tudo e tudo ao mesmo tempo. Agora ele carregava o vazio e o silêncio de uma morte que parecia nunca chegar para ele também. #amor #contos #miniconto
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Miniconto 7: Protesto
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 7: Protesto

Fumava em frente ao hospital, porque era sua forma de protestar. Sua mãe nunca fumara por causa de religião e, agora, tinha câncer. Nem se importou muito quando soube da doença, pois não via a mulher desde que fugira de casa, mas resolveu visitá-la de qualquer forma. No momento em que viu a mãe, os remédios, o corredor lotado de macas, e os médicos cansados, decidiu fugir de novo. Assim que saiu pela porta, parou, abriu a bolsa e pegou o cigarro. Protestou contra tudo, apagou
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Miniconto 6: Salva-vidas
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 6: Salva-vidas

Saiu da cabine e foi para o convés ainda nervoso da última briga. Não adiantou nada terem embarcado naquele cruzeiro. Depois de um primeiro momento de romance forçado, continuavam a trocar insultos e gritar os rancores de treze anos de relação. Qualquer intenção sexual foi por água abaixo depois que ele começou a marear no segundo dia da viagem. Concluiu que não tinha mais como salvar um casamento afogado. Vomitou. #amor #casamento #contos #miniconto
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Miniconto 5: Vôo
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 5: Vôo

Não gostava de flores em vasos. Preferia o cheiro de terra, as gotas de chuva, e a lembrança do pai jardineiro. Ela ainda o via, morto, em meio às tulipas do parque onde iam quando era criança. No dia da queda, sua mãe apenas lhe dissera que seu pai havia subido no cajueiro e voado. #contos #miniconto #família
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Miniconto 4: Retorno
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 4: Retorno

Voltava para a casa que tinha sido forçado a abandonar quando fora preso em flagrante. Retornava sem ter aprendido nada, e sem ter se arrependido de nada, porque não era um criminoso. Ele apenas empurrara, e faria tudo de novo, talvez até com mais ódio dela e do amante. Se ela caiu lá de cima, não era culpa dele. #mulheres #miniconto #contos
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Miniconto 3: Viagem
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 3: Viagem

Seu sonho era ir a Paris. Começou a trabalhar e planejar suas economias. Nas férias, teve que ajudar a mãe com o pai doente. Gastou todo o seu dinheiro com tratamentos, mas não adiantou. Algum tempo depois do enterro, teve depressão, e foi demitida porque vivia de atestado. Passou a fazer bolos sob encomenda e, aos poucos, superou a doença. Conheceu seu namorado em um barzinho e casaram-se no civil quando veio a gravidez inesperada. Viveram bem, mas sem luxos. Ela nunca viajo
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Miniconto 2: Queda
Thainá Carvalho
  • 29 de abr. de 2018

Miniconto 2: Queda

Ela olhou para a escada sem expectativas. Na sala, lá embaixo, o jantar seria silencioso e sem afeto. Não se amavam mais há anos. Triste, ela tropeçou e caiu como lágrima. Ele não notou sua ausência até encontrá-la desmaiada no último degrau. Pensou que fosse apenas drama dela. #contos #miniconto
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Política
Thainá Carvalho
  • 30 de out. de 2017

Política

Desses contos e casos de histórias reais Entrou no quarto devagar. Achava que se entrasse assim era como se não tivesse entrado, como se pudesse voltar atrás. Não podia. Já estava ali, já pegara dois ônibus, já dissera a sua mãe que viria e já brigara com a irmã que não viria. Agora era tarde. O cheiro de hospital já impregnava suas roupas e a enfermeira já tinha perguntado qual a sua relação com o paciente. - Sou filha. Achou estranho quando falou e quis retirar. Quis xingar
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#instafolhetim 5: Pedinte
Thainá Carvalho
  • 20 de set. de 2017

#instafolhetim 5: Pedinte

Já era a segunda vez que aquele casal passava por ali. Ou tava vendo dobrado? - Querem não? Levantou o copo de cachaça e balbuciou mais um convite. Eles a ignoraram e apertaram o passo. Era sempre assim. Ela riu. Já estava ali na parede do bar de seu Nilo há um tempinho... ou seria mais? Tava era bom que não lembrava! Contou nos dedos e mesmo assim se atrapalhou. Mas onde ela tava antes, então? Ah, sim. Na lagoa. Fora pra lá catar algumas garrafas. Só não deu pra dormir porqu
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#instafolhetim 4: Melodrama sério sem romance
Thainá Carvalho
  • 14 de set. de 2017

#instafolhetim 4: Melodrama sério sem romance

A vida é meio bipolar, louca e linda. Há que se ter paciência, mas ela não vai desistir de você. - Queria que você morresse Assim. Sem câmera lenta, sem música dramática. Ela queria que ele morresse e ele não podia falar nada. Ela já tinha dito muitas coisas loucas quando estava fora de controle. Depois, arrependia-se de todas elas. Ela abraçava, pedia perdão e perguntava como ele a aguentava. Nem ele sabia. Mas dessa vez, foi diferente. Ela quis que ele morresse. Sem grito d
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#instafolhetim 3: A vida de um pelo viajante
Thainá Carvalho
  • 28 de jul. de 2017

#instafolhetim 3: A vida de um pelo viajante

Nasci pelo. De cachorro. Não entendo muito sobre raças de cães, mas sei que, de onde vim, havia pelos negros e brancos. Pra ser sincero, não sei qual é a minha cor. Mas isso não tem importância, ou tem? O nome do nosso cão era... era... olhe, já nem lembro mais. Não consigo guardar comigo aquilo que não me é primordial. Poucos são os pelos que possuem uma vida longa e estável. Mesmo assim, um pelo ou fio de cabelo desgarrado é sempre um misto de curiosidade e terror para aque
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#instafolhetim 2: O gato que vicia
Thainá Carvalho
  • 3 de jul. de 2017

#instafolhetim 2: O gato que vicia

Acendeu um cigarro. Seus dedos tremiam. Tinha sido um dia daqueles e ela bem que merecia alguma coisa pra dar sossego, pra sair dessa merda. Alice tinha torrado sua paciência hoje no trabalho até dizer chega. Ela não aguentou: gritou, chamou Alice de filha da puta, de vaca exploradora. Perdeu o controle. Perdeu o emprego. Voltou a vontade de usar. Já tinham se passado meses desde a última vez, mas não havia um só dia em que ela não tivesse vontade. O primeiro mês sem usar foi
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Pedro e Maya
Thainá Carvalho
  • 18 de jun. de 2017

Pedro e Maya

#instafolhetim 1 Pedro e Maya tinham essa mania terrível de falar besteira. O tempo todo, desde crianças. Brincaram juntos pela primeira vez na festinha de São João do prédio. Maya soltava estrelinhas, mas uma delas caiu em seu pé. Maya chorou e Pedrinho a abraçou. Quando Pedro e Maya começaram a namorar no colégio, a mania de falar besteiras ficou pior: só eles entendiam suas próprias bobagens. Os que estavam de fora – o resto do mundo – reviravam os olhos ou ficavam sem gra
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Thainá Carvalho
  • 10 de jun. de 2017

Mãos, seios, pés

Eita que é putaria, safadeza e um pouco de amor Sentiu que suas mãos eram muito grandes. Não conseguia pará-las. Na verdade, não queria. - Você vai achar que eu sou... É, se ela dissesse isso talvez ele compreendesse. Falava devagar, aos sussurros, entrecortando fios de saliva. Também não queria que outra pessoa escutasse. Estavam sentados no banco de uma praça qualquer. Parecia meio clássico, mas, na verdade, era necessário. Não tinham para onde ir. Hesitavam em se render ao
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Thainá Carvalho
  • 6 de jun. de 2017

Girassol

Eita que é #textão em forma de conto! Mas se trata de um tema antigo cujo debate é extremamente atual: violência contra a mulher. Esse é um assunto que vale cada minuto do nosso tempo e cada palavra desse textão. Dizem que girassol absorve a radiação. Será se é verdade? Pensava e pensava. Já nem sabia há quanto tempo estava ali. O sol esfriou. A brisa virou um vento frio que deslizava entre os botões da sua camisa. Resolveu descer as mangas arregaçadas. Deveria ter trazido um
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