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  • Thainá Carvalho

Síndrome da pequenez


Hoje, li Neruda. Poemas que me deixaram encantada e pequena, como um pássaro que suspira por céus aos quais nunca voará. “No solo es seda lo que escribo: que el verso mío sea vivo”. É essa vida que quero, de mares, ares e jardins que se espalham em meus versos. Mas como ousar querer diante de tantos que já fizeram? Diante das estátuas dos grandes que me desprezam com olhos frios? Pablo, você é grande – inútil dizê-lo. Sua poesia me sacia e me desafia. Durante um mísero segundo, ousei sonhar com meus próprios escritos quando olhei pelas janelas de Valparaíso. Durante um mísero segundo, compartilhei sua inspiração. Ousei tanto? “Perdidas palabras locas”. Comparar é diminuir. Mais vale escrever.

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