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Toque, por favor.
Toque uma melodia de ninar, uma canção de infância que me proteja dos medos que a vida, bruxa, me trouxe. Às vezes acho que essa vida assombrada esteve o tempo todo embaixo da minha cama, alimentando-se das minhas meias e dos brinquedos, que guardava, sem saber, na memória.
Toque ciranda, pega-pega, boca de forno, mãe e pai.
Toque esse coração velho que quer se sentir novo de novo, sem rugas e sem certezas.
Toque essa criança que fui uma vez só e que, hoje, alimenta minhas pequenas alegrias.
Toque tudo o que quis ser antes de crescer e tudo o que deixou de existir à medida que vivi.