Olhava para os livros como se fossem filhos. Cada um lembrava um aspecto de si mesmo, um dia agradável ou uma pessoa que fazia falta. O quiosque servia mais como armário de recordações do que ponto de venda. Sentado em um banquinho, aproveitava todas as tardes ali para ler e, quando começava a escurecer, apenas observava as pessoas, imaginando as histórias e os livros que elas dariam. Um dia, sem perceber, virou livro também.