Eu estou parado, mas minhas veias pulsam e se conectam e se movem. Eu estou deitado, mas meus pés correm em disparada pelo mar que me lava dos dias vividos. Eu estou só, mas meus braços se arrepiam dos afagos que ficaram comigo. Eu estou no escuro, mas eu vejo meu próximo amor, a mão dada, o sorriso de flor. Eu estou morto, mas meu coração bate como relógio que volta no tempo que se desfaz no peito que bate em movimento que reinicia o ponteiro que me traz ao nascimento.