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  • Thainá Carvalho

Dia de soltar a alma


Hoje é dia de tirar a pele, descobrir feridas, desatar veias e soltar a alma, que ela carece de ar, de sol, de verde, de vento no cabelo. Toda alma precisa voar longe – da mente, da gente. A minha vai andando de pés descalços, dançando na rua. Ela canta estrelas e dorme na terra, sem hora de voltar. Quando chega, vem leve, rindo, entra em mim e desata a sentir. Eu faço um chá, sento na mesa e começo a escrever tudo o que minha alma foi fazer.

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